Maurício Andrés Ribeiro
A expansão da consciência sobre a
água em Portugal é estimulada por meio de museus, parques biológicos, oceanário
e uma diversidade de equipamentos culturais e científicos de uso intenso.
Na Expo 98, Lisboa construiu um Oceanário que mostra que todos os oceanos
são um só oceano. Junto a ele há uma cascata-escultura de água. Há grandes aquários, locais de aprendizagem
sobre as águas, onde crianças jovens e adultos se encantam com as belezas do
mar. Exposições temporárias como aquela sobre Florestas submersas do planejador
de paisagens hídricas (waterscaper) japonês Takashi Amano reforçam o ambiente
de encantamento. Há programas de educação ambiental com sugestões de evitar o
consumo de certas espécies de peixes para evitar sua extinção.
Escultura-cascata de água junto ao Oceanário |
Parque biológico de Gaia
Em Gaia o Parque
Biológico completa 30 anos de existência. Criado e dirigido muito tempo por
Nuno Gomes Oliveira (autor do livro sobre José Bonifácio de Andrada e Silva,
primeiro ecologista de Portugal e do Brasil) ele é cortado pelo rio Febros,
afluente do Douro. Intensamente visitado
por estudantes e outros públicos, nele se mostra como a agua no seu ambiente
natural oferece habitat para diversas espécies. Um biorama mostra a evolução da
vida, a história natural, dinossauros, em ambientes atrativos para a atenção de
crianças, adolescentes e adultos. O parque integra tanto ambientes para a fauna
e flora, como também valoriza o homem e suas atividades. Mostra as atividades
humanas agrícolas que existiam na região: o espaço rural, os campos cultivados,
os açudes, o uso da água na agricultura e como fonte de energia para mover
moinhos e pilões para produzir o vinho.
Ambiente convidativo para fauna silvestre |
Energia animal na atividade agrícola tradicional |
Moinho tradicional movido a água. |
Visitantes observam a fauna discretamente. |
Estudantes observam o canal de drenagem de água |
Museu da água em Lisboa
Lisboa tem um Museu da Água do
qual fazem parte aquedutos, estações elevatórias de águas, reservatórios,
aquedutos subterrâneos. O museu é
mantido pela EPAL- Empresa Portuguesa de Águas Livres.
Numa sala na unidade central do
museu sintetiza-se informações essenciais sobre a água no cosmos, no planeta,
em Portugal.
Além disso ele é um museu do saneamento da
cidade. Apresenta maquetes como o sistema de abastecimento histórico e as
maquinas que bombeavam agua para ser servida na cidade. Mostra os sistemas de
abastecimento, as obras hídricas, aquedutos, reservatórios, chafarizes e
estações de tratamento de agua e de esgoto.
Estação elevatória de água visitada por estudantes. |
História do abastecimento de água de Lisboa |
Esses três exemplos evidenciam
como museus, centros de cultura e parques são equipamentos centrais na educação
dos cidadãos para se tornarem hidroconscientes e responsáveis. O envolvimento sensorial, a experiência de
estar em ambiente que estimula a percepção, o contato direto com a natureza,
com a tecnologia facilitam a aprendizagem e a formação. O uso intenso desses
equipamentos e sua procura atestam a demanda que existe por lugares e ambientes
que educam de modo leve, lúdico, agradável.
É muito bom o trabalho de revitalização de rio urbano no Porto, realizado por Pedro Teiga.
https://www.facebook.com/watch/?v=1848312621864655
É muito bom o trabalho de revitalização de rio urbano no Porto, realizado por Pedro Teiga.
https://www.facebook.com/watch/?v=1848312621864655
Nenhum comentário:
Postar um comentário