Maurício Andrés Ribeiro
Na pandemia se lida de perto com as perdas. Perdas econômicas, de emprego e renda. Perdas de segurança e estabilidade. Perda de visibilidade quanto ao futuro. Perdas de vidas e luto. Situações extremas de estresse e de incertezas minam a segurança psicológica. Quem está nos grupos de risco, como os idosos, se assombra com a possibilidade de contrair a doença e torce para que, caso isso aconteça, ela seja leve, não necessite de cuidados hospitalares, de intubação e que se afaste o risco da morte e a possibilidade de ela acontecer de uma hora para outra.
A pandemia acelerou processos psicológicos. Ela testa os limites do equilíbrio emocional. Trouxe o inesperado, o incerto, o inseguro e um estado de alerta, desperto, atento, para dar conta do imprevisível e se adaptar a ele. A pandemia tornou-se um grande experimento psicológico. Entre os seus efeitos colaterais estão os transtornos da saúde mental, com angústias, medos, depressões. Tais transtornos afetam especialmente os jovens adultos que se estressam e têm ansiedade quando viram cortados seus planos diante da crise econômica, do desemprego e da falta de oportunidades de trabalho. A ruptura num modo de vida e nos planos para o futuro tem consequências psicológicas.
Permanecer confinado e em isolamento físico é impossível para muitos, devido a condições precárias de moradia; para outros é insuportável, ao colocá-los diante de si próprios, longe das distrações e divertimentos proporcionados pelos estímulos do mundo exterior. Sentem a compulsão de sair, frequentar bares e festas, conviver com outros. Aqueles que não suportam a quarentena tendem a se expor e a doença se estende no tempo, se alonga e impõe mais perdas e custos econômicos e de vidas.
O impulso para romper limites de segurança se manifesta quando as pessoas sofrem a fadiga da quarentena, rompem o isolamento físico e passam a se encontrar, colocando em risco a saúde coletiva, num comportamento imprudente e temerário que brinca com o perigo da morte. Perde-se a paciência de permanecer confinado e recolhido. Manifesta-se um atração suicida pelo perigo, com redução deliberada da margem de segurança, para, se possível, escapar por um triz do pior desfecho.
Para lidar com a pandemia e seus efeitos sobre as emoções e a mente a Fiocruz produziu cartilha com recomendações sobre saúde mental e atenção psicossocial. A cartilha recomenda que se deixe de assistir ao noticiário na grande mídia para não se expor às energias negativas sobre violência, mortes, corrupção, crimes, que levam a aumento de pressão arterial e efeitos no corpo. Universidades oferecem programas para fomentar o afeto familiar e comunitário, fortalecer as pessoas e reduzir suas fragilidades. Artigo recomenda evitar bombardeio de informações, estabelecer rotina, fazer terapia online, usar a tecnologia para conectar com pessoas, dedicar-se ao que gosta, praticar meditação.
Nesta pandemia acelerou-se a atividade emocional e mental, com mais e intensos sonhos e mais pensamentos, troca de informações, intercâmbios, lives na internet, tele cultura e tele lazer, além de tempo se isolar fisicamente para rever, repensar, revalorizar certas atitudes, abandonar outras, mudar de vida, meditar e praticar exercícios. O ritmo frenético e acelerado da vida, com pouca reflexão, cedeu lugar a uma vida mais contemplativa, meditativa, com poucos movimentos exteriores, mas com muita atividade interior, psíquica, da consciência. A prudência recomenda hibernar, reduzir as atividades vitais como os ursos e esperar o pior do surto passar. Mas isso requer um espírito estoico, capacidade de esperar quieto sem se expor.
Nesse contexto, lidar com as perdas demanda saúde emocional e mental, mobilizando energias interiores para enfrentar as dificuldades exteriores. Calma, confiança e coragem são atitudes valiosas para fortalecer a imunidade diante da pandemia.
Na pandemia se lida de perto com as perdas. Perdas econômicas, de emprego e renda. Perdas de segurança e estabilidade. Perda de visibilidade quanto ao futuro. Perdas de vidas e luto. Situações extremas de estresse e de incertezas minam a segurança psicológica. Quem está nos grupos de risco, como os idosos, se assombra com a possibilidade de contrair a doença e torce para que, caso isso aconteça, ela seja leve, não necessite de cuidados hospitalares, de intubação e que se afaste o risco da morte e a possibilidade de ela acontecer de uma hora para outra.
A pandemia acelerou processos psicológicos. Ela testa os limites do equilíbrio emocional. Trouxe o inesperado, o incerto, o inseguro e um estado de alerta, desperto, atento, para dar conta do imprevisível e se adaptar a ele. A pandemia tornou-se um grande experimento psicológico. Entre os seus efeitos colaterais estão os transtornos da saúde mental, com angústias, medos, depressões. Tais transtornos afetam especialmente os jovens adultos que se estressam e têm ansiedade quando viram cortados seus planos diante da crise econômica, do desemprego e da falta de oportunidades de trabalho. A ruptura num modo de vida e nos planos para o futuro tem consequências psicológicas.
Permanecer confinado e em isolamento físico é impossível para muitos, devido a condições precárias de moradia; para outros é insuportável, ao colocá-los diante de si próprios, longe das distrações e divertimentos proporcionados pelos estímulos do mundo exterior. Sentem a compulsão de sair, frequentar bares e festas, conviver com outros. Aqueles que não suportam a quarentena tendem a se expor e a doença se estende no tempo, se alonga e impõe mais perdas e custos econômicos e de vidas.
O impulso para romper limites de segurança se manifesta quando as pessoas sofrem a fadiga da quarentena, rompem o isolamento físico e passam a se encontrar, colocando em risco a saúde coletiva, num comportamento imprudente e temerário que brinca com o perigo da morte. Perde-se a paciência de permanecer confinado e recolhido. Manifesta-se um atração suicida pelo perigo, com redução deliberada da margem de segurança, para, se possível, escapar por um triz do pior desfecho.
Para lidar com a pandemia e seus efeitos sobre as emoções e a mente a Fiocruz produziu cartilha com recomendações sobre saúde mental e atenção psicossocial. A cartilha recomenda que se deixe de assistir ao noticiário na grande mídia para não se expor às energias negativas sobre violência, mortes, corrupção, crimes, que levam a aumento de pressão arterial e efeitos no corpo. Universidades oferecem programas para fomentar o afeto familiar e comunitário, fortalecer as pessoas e reduzir suas fragilidades. Artigo recomenda evitar bombardeio de informações, estabelecer rotina, fazer terapia online, usar a tecnologia para conectar com pessoas, dedicar-se ao que gosta, praticar meditação.
Nesta pandemia acelerou-se a atividade emocional e mental, com mais e intensos sonhos e mais pensamentos, troca de informações, intercâmbios, lives na internet, tele cultura e tele lazer, além de tempo se isolar fisicamente para rever, repensar, revalorizar certas atitudes, abandonar outras, mudar de vida, meditar e praticar exercícios. O ritmo frenético e acelerado da vida, com pouca reflexão, cedeu lugar a uma vida mais contemplativa, meditativa, com poucos movimentos exteriores, mas com muita atividade interior, psíquica, da consciência. A prudência recomenda hibernar, reduzir as atividades vitais como os ursos e esperar o pior do surto passar. Mas isso requer um espírito estoico, capacidade de esperar quieto sem se expor.
Nesse contexto, lidar com as perdas demanda saúde emocional e mental, mobilizando energias interiores para enfrentar as dificuldades exteriores. Calma, confiança e coragem são atitudes valiosas para fortalecer a imunidade diante da pandemia.
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