A higienização se faz em várias escalas, do ser humano interior ao indivíduo, à casa, do bairro à cidade, da região ao país e ao mundo. Figura: Pierre Dansereau
Na
pandemia evidenciou-se
a relação entre saúde, água e saneamento. A água suja ou contaminada por
coliformes, nutrientes como nitrogênio e fósforo e outras substâncias, prejudica a saúde e a qualidade
de vida humana e do ambiente. Constatou-se a presença de coronavirus nos esgotos.
Uma das principais estratégias
para evitar que as epidemias tenham um alto custo em doentes e mortos é
prover água e coleta de esgoto onde as pessoas moram. Investir no saneamento ambiental
reduz a sobrecarga sobre os postos de saúde e hospitais.
Universalizar o saneamento básico
é prioridade para evitar os custos sociais e humanos de uma pandemia.
Com a pandemia, a questão da saúde readquiriu
importância no urbanismo. A visão
sanitarista
mostrou sua importância e evidenciaram-se os custos que a sociedade paga em
vidas e sobrecarga nos sistemas hospitalares quando se descuida da saúde
ambiental e urbanística.
Investir no saneamento ambiental, no
tratamento de esgoto, para reduzir a sobrecarga da demanda sobre os postos de
saúde e hospitais.
A crise sanitária
representada pela pandemia da COVID-19 despertou a consciência para a
necessidade de conservar a saúde integral, e não apenas tratar corretivamente
das doenças.
A saúde pública se
beneficia da boa saúde ambiental. Ambientes doentes adoecem as pessoas. O
verbo higienizar se tornou de uso corrente durante a pandemia.
Lavar as mãos com água e sabão é uma boa medida para
evitar a propagação de várias doenças e da COVID-19; aplicar
água sanitária nos objetos para desinfetá-los; usar o vaso sanitário para
recolher os dejetos humanos; aplicar a engenharia sanitária para prover água,
esgoto, drenagem, gestão dos resíduos numa cidade; preservar a saúde ambiental
do planeta evitando sua febre, medida pelo aquecimento global: esses são alguns
dos modos de sanitarização do ambiente.
Sanitarizar, no
sentido da saúde integral, inclui restaurar ecossistemas e ambientes naturais,
mudar padrões de consumo pouco saudáveis; preparar os ambientes urbanos para
dar condições de saúde física aos habitantes e de saúde mental e emocional para
que tenham bem-estar e qualidade de vida; nas cidades, prover o saneamento básico;
no planeta, reduzir a emergência climática por meio de uma reinvenção dos hábitos
de consumo e de produção humanos.
A sanitarização da
vida é uma meta associada com o controle da poluição e que pode se realizar do
global ao pessoal, do doméstico ao regional com benefícios para a saúde
ambiental e para a saúde humana.
Além
dos aspectos ligadas à higiene corporal e ambiental deve-se prestar atenção à
higiene mental e emocional. Manter a paz mental, reduzir a raiva, o medo e a
ansiedade são necessários para se lidar com situações externas turbulentas como
uma pandemia.
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