Dados, informações, conhecimentos e sabedoria são distintos.
Vivemos num mundo com uma grande quantidade de dados, que podem ser trabalhados
com inteligência para formular ideias e informações, bem como para gerar
conhecimentos e sabedoria
.
A relação
entre dados, informação, conhecimento e sabedoria pode ser ilustrada pela
Pirâmide da Sabedoria, também conhecida como Hierarquia DIKW
(Data-Information-Knowledge-Wisdom). Cada nível da pirâmide se baseia no nível
anterior, e todos são necessários para tomar decisões baseadas em dados. [1]
As
diferenças entre dados, informações, conhecimento e sabedoria
estão nas definições seguintes e no exemplo usando o tema da água:
Dados são os elementos brutos, não
organizados e sem significado intrínseco. Representam fatos ou observações
simples e, isoladamente, não transmite entendimento. Exemplo: "20mm, 30mm, 10mm,
40mm". Estes números representam medições de chuva em milímetros, mas,
sozinhos, não dizem muito.
Informações são os dados
que foram organizados, processados ou interpretados, adquirindo relevância e
utilidade em um determinado contexto. Exemplo: "A média de precipitação em uma região é de 25mm por
dia durante o mês de novembro." Os dados foram processados e
contextualizados, revelando uma tendência sobre a quantidade de chuva em uma
região.
Conhecimento é a compreensão e aplicação da
informação, muitas vezes combinada com experiências, habilidades ou reflexões.
É mais profundo e envolve a capacidade de relacionar informações e tirar
conclusões. Exemplo:
"Durante novembro, a média de precipitação de 25mm por dia é suficiente
para encher reservatórios locais, garantindo o abastecimento de água para a
população nos meses seguintes." Aqui, entende-se a importância da
informação no contexto de gestão de recursos hídricos e sua aplicação prática.
Sabedoria é a capacidade de
aplicar o conhecimento de maneira ética, prática e orientada para o bem-estar
geral. É o nível mais elevado e requer julgamento, experiência e valores. Exemplo:
"Para garantir segurança hídrica a longo prazo, é essencial combinar o
armazenamento adequado da água da chuva em novembro com políticas de uso
consciente e estratégias de conservação, especialmente em períodos de
seca." A sabedoria envolve a aplicação do conhecimento considerando
implicações éticas, práticas e sustentáveis para o bem-estar coletivo e futuro.
Resumindo essas definições e o exemplo dado:
●
Dados: Matéria-prima bruta (fatos).
Números isolados de precipitação.
●
Informação: Dados organizados e
contextualizados. A média de precipitação em um período.
●
Conhecimento: Informação assimilada. Compreensão
do impacto da chuva na gestão de recursos hídricos.
●
Sabedoria: Conhecimento aplicado com
discernimento e visão ampla. Planejamento e tomada de decisões
sustentáveis com base no conhecimento.
Essa hierarquia demonstra como as medições
básicas são transformadas em ações que promovem o bem-estar e a
sustentabilidade no uso da água.
Na água do corpo há verdades e
conhecimentos sobre nossa origem e nossos ancestrais. Testes de DNA com uma
pequena amostra de cuspe revelam quem é a nossa ascendência durante as gerações
passadas e podem modificar a consciência, reduzir os extremismos, os
preconceitos raciais e étnicos e culturais, acelerando o descondicionamento das
mentes. Experiências desse tipo, com viagens por meio do DNA, são mostradas no
site LetsOpenOurWorld.com e mostram como a água do corpo transporta dados e
informações que podem ser elaboradas em conhecimentos e sabedoria.
Um
exemplo:
Dados:
coleta-se um pouco de cuspe para um teste de DNA
Informação:
os resultados do teste mostram a origem e ascendência da pessoa.
Conhecimento:
a pessoa toma consciência de seu passado ancestral e de seus ascendentes e
descondiciona sua mente de preconceitos étnicos e raciais
Sabedoria:
a pessoa tem nova percepção da fraternidade universal e da unidade da família
humana
A água do
corpo humano contém dados, transporta informações e revela conhecimentos que,
sendo bem compreendidos, podem resultar em sabedoria sobre a unidade humana
para além da diversidade e das microidentidades que separam.
O
processamento de dados para a tomada de decisões e para facilitar que ela flua
e se movimente tornou-se como uma nova religião, o dataísmo, afirma Yuval Noah
Harari, em seu livro Homo Deus.
Na minha
infância ouvíamos contos de fadas. Elas tinham uma varinha de condão; bastava
acionar a varinha e a coisa desejada aparecia. Na atualidade, varinhas de
condão modernas fazem aparecer a informação. O Google é o mais conhecido, entre
outros mecanismos de busca que, ao toque de uma tecla, disponibilizam grande
quantidade e variedade de informações sobre o assunto desejado. Empresas como as
chamadas bigtechs - Meta, Facebook, Whatsapp, Instagram - coletam dados sobre
os usuários e os utilizam comercialmente para direcionar anúncios, publicidade.
Cresce um movimento para evitar o uso abusivo dos dados das pessoas para fins
comerciais e outros não autorizados.
Navegamos
em meio a um oceano de dados e de informações e podemos ser tragados e afogados
caso não nos movimentemos com perícia.
Nesse oceano, é relevante a tarefa de curadoria, ao separar aquilo que
tem qualidade daquilo que é pouco confiável. Saber buscar a informação, saber
discernir o joio do trigo, saber classificar as informações para poder acessá-las
quando forem necessárias, são habilidades valiosas no mundo contemporâneo. Assim como a qualidade da água pode ser limpa
ou poluída, também a informação pode ser verdadeira ou falsa. Bebê-la poluída
adoece o organismo; consumir informação de má qualidade pode intoxicar o
organismo e a psique.
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