As ciências ajudam a compreender de modo integral o ciclo da
água e expandem a hidroconsciência. A física e a química, a hidrologia, a oceanografia, a climatologia, a
hidrogeologia, são ciências naturais que a estudam. As ciências da saúde e
biológicas focalizam a sua presença na biosfera e no ser humano. As ciências
humanas e sociais a abordam pelo ângulo das suas relações com as sociedades e
indivíduos. As ciências ecológicas são permeadas pela água.
Cada ciência estuda aspectos e ângulos específicos da água:
a Física estuda seus estados físicos, seu
calor específico, sua tensão superficial e densidade anômala. A Química estuda a estrutura molecular (H₂O), as
ligações de hidrogênio, sua qualidade de ser solvente universal, as reações
químicas, a osmose e os processos de transporte celular. A Biologia a estuda como elemento essencial à vida,
como meio de transporte de substâncias, sua função de regulação térmica dos
organismos, as reações metabólicas e bioquímicas essenciais, como a
fotossíntese e a respiração celular. Na
fotossíntese, a água é quebrada para liberar oxigênio, enquanto na respiração
celular, a água é um dos produtos finais.
Além dessas, outras ciências lidam com a água, cada uma
focando em diferentes aspectos e aplicações. Na Geologia
estudam-se as águas subterrâneas, a geodinâmica
fluvial e a glaciologia, o estudo do gelo e das geleiras. A Ecologia inclui a ecologia aquática e a Limnologia,
que estuda os ecossistemas de lagos e rios.
Outros campos são as Engenharias, como a Hidráulica e a Hidrologia, a Meteorologia, a Oceanografia, a Agronomia, a. Climatologia, a Saúde Pública, o Direito e
Políticas Públicas, a Antropologia e a Sociologia.
Esses campos das
ciências por vezes trabalham de maneira interdisciplinar, colaborando para
compreender e resolver os desafios relacionados à água, tais como escassez,
poluição, gestão sustentável dos recursos hídricos e conservação dos
ecossistemas aquáticos.
A consciência da crise hídrica é divulgada por estudos
científicos; os relatórios do IPCC – Painel intergovernamental de cientistas
sobre a crise do clima – apontam-na como elemento chave nas estratégias de
adaptação.
A vulgarização do conhecimento científico é feita por
cientistas com linguagem inteligível para o grande público. Um dos mais
conhecidos foi o astrônomo Carl Sagan; no Brasil, Antonio Donato Nobre e os
rios voadores; Altair Sales Barbosa em seus estudos sobre o cerrado.
Cientistas e técnicos alertam, a partir do seu conhecimento
especializado, sobre temas que escapam à percepção direta, como os riscos à
saúde humana e das águas, as emergências climáticas, a contaminação de águas
subterrâneas, os resíduos radioativos. Entretanto, quando tais alertas não
estão formulados em linguagem comunicativa e estão desacompanhados de soluções
para os problemas, eles tendem a saturar e criar uma insensibilidade, como
defesa psicológica e a serem negados ou ignorados, para que não se constituam
numa camada adicional de preocupações. O negacionismo da ciência pode funcionar
como uma defesa psicológica contra verdades inconvenientes que podem gerar
insegurança, dar trabalho e exigir esforços para serem resolvidas.
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