quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

DADOS E INFORMAÇÕES SOBRE ÁGUAS

 

Estação de coleta de dados hidrometeorológicos na ANA em Brasília.

 A gestão das águas necessita de coleta de dados e de números e séries históricas que dêem embasamento às decisões.

Dados numéricos sobre as chuvas e as vazões dos rios são coletados continuamente. Para a coleta dos dados ser feita com responsabilidade é preciso o preparo técnico e ético dos hidrometristas. Com isso evitam-se os dados falsos, fraudados ou inventados.  Do mesmo modo, uma maior consciência da sociedade sobre a importância desses dados e adequada vigilância e segurança podem evitar vandalismo, destruição e furto de equipamentos de medição.

Os dados coletados são interpretados e tornam-se informação e conhecimento aplicável para a tomada de decisões sobre questões como:  quanto uso deve ser autorizado, como operar um reservatório para evitar riscos de exaustão, onde construir uma usina hidroelétrica.  Eles também são a base para lidar com as emergências de secas e enchentes, como se faz nas salas de crise e salas de acompanhamento das crises hídricas.

As séries hidrológicas de dados sobre chuva e vazão servem de baliza para o planejamento hidroenergético e para a previsão de ações nas áreas de saneamento e agricultura. Nesse contexto, faz sentido fortalecer o monitoramento hidrometeorológico e manter atualizados os bancos de dados e informações hidrológicas, disponibilizar dados e informações à sociedade por meio das Tecnologias da Informação e instalar radares meteorológicos. 

Com a emergência climática, a tradicional gestão de recursos hídricos baseada em dados de chuva e vazão medidos em séries históricas corre o risco de não dar respostas às circunstâncias e situações concretas que se apresentam de agora em diante. Eles perdem confiabilidade diante dos eventos imprevisíveis e atípicos que se tornam mais frequentes, tais como cheias, chuvas intensas, secas prolongadas.   Quando os dados não são mais previsíveis, pois o clima se comporta de acordo com novos normais antes inexistentes, aumentam as inseguranças e por vezes escapa-se por um triz dos colapsos e desastres.

O conhecimento sobre a qualidade das águas depende de dados obtidos por meio de monitoramento, analisados em laboratórios com procedimentos padronizados, por pessoas capacitadas para realizar essa avaliação e para divulgar os resultados das análises.

Estação de coleta de dados hidrometeorológicos na ANA em Brasília.

 Pode-se utilizar, de vários modos, os dados, informações sobre a água que estão disponíveis na internet e nas plataformas da inteligência artificial.

Na área das águas há sistemas de informações sobre recursos hídricos, sistema de informações sobre meio ambiente, sistema de informações sobre saneamento, sistema de informações sobre segurança de barragens e muitos outros. Muitas vezes falta integração entre os diversos sistemas criados no âmbito nacional com os que são usados no âmbito dos estados e dos municípios e os sistemas não conversam entre si, o que prejudica a produção do conhecimento, para além das informações.

A produção, organização e disseminação de informações confiáveis sobre a situação e sobre a disponibilidade de água são essenciais para seu gerenciamento e para criar uma consciência coletiva sobre o tema.

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