Maurício Andrés Ribeiro
O avanço do conhecimento científico expande a compreensão do universo e dos riscos a que estamos sujeitos. A ciência ajuda a compreender de modo integral o ciclo da água e expande a hidroconsciência. A física e a química, a hidrologia, a oceanografia, a climatologia, a hidrogeologia, são ciências naturais que a estudam. As ciências da saúde e biológicas focalizam a sua presença na biosfera e no ser humano. As ciências humanas e sociais a abordam pelo ângulo das suas relações com as sociedades e indivíduos. As ciências ecológicas são permeadas pela água. Desses e de outros campos do conhecimento científico derivam aplicações práticas, múltiplas e variadas.
Campos emergentes da pesquisa estudam a
informação transportada pela água, as fronteiras do seu uso na saúde, a dinamização
e procedimentos na homeopatia, as ultradiluições de substâncias biologicamente
ativas e seus efeitos nos sistemas vivos, a nanoestrutura e a sua microestrutura
molecular.
O Professor Gerald Pollack, da Universidade de Washington
em Seattle escreveu o livro "A quarta fase da água". Ali
ele propõe que a água tem uma quarta fase, , além das fases sólida, líquida e
gasosa tradicionalmente reconhecidas. A quarta fase da água é
intermediária entre o sólido e o líquido, como uma espécie de gelatina, coloidal,
semelhante à clara do ovo, na qual as moléculas de água se organizam de forma coletiva.
Ela se apresenta como H3O2.
Ele diz que há 75 anomalias no comportamento da água que
precisam de outras explicações e que o quarto estado ou fase da água
seria um caminho para explicar tais anomalias. Ele considera que é crítico
entender a quarta fase da água para entender a natureza e a vida.
As
pesquisas científicas sobre a sua microestrutura dinâmica podem ser aplicadas em vários campos, como a agricultura, a
medicina homeopática, a produção de energia limpa. As aplicações práticas associadas com a quarta fase
da água vão desde a geração de energia (a água é um repositório de energia,
absorve energia que vem da luz); a obtenção de água potável, a dessalinização de
água do mar, a despoluição e descontaminação das águas.
Cientistas e técnicos alertam, a partir
do seu conhecimento especializado, sobre temas que escapam à percepção direta,
como os riscos à saúde humana e das águas, das
emergências climáticas, da contaminação de águas subterrâneas, dos
resíduos radioativos. Entretanto, quando tais alertas não estão formulados em
linguagem comunicativa e estão desacompanhados de soluções para os problemas,
eles tendem a saturar e criar uma insensibilidade, como defesa psicológica e a
serem negados ou ignorados, para que não se constituam numa camada adicional de
preocupações.
A consciência da crise hídrica é
divulgada por estudos científicos; os relatórios do IPCC – Painel
intergovernamental de cientistas sobre a crise do clima – apontam-na como
elemento chave nas estratégias de adaptação.
A vulgarização do conhecimento
científico é feita por cientistas com linguagem inteligível para o grande
público. Um dos mais conhecidos foi o astrônomo Carl Sagan; no Brasil, Antonio Donato
Nobre e os rios voadores; Altair Sales Barbosa em seus estudos sobre o cerrado.