Um dos campos das ciências que mais tem se desenvolvido é aquele relacionado com a consciência humana. A partir da neurociência, da psicologia, da informática, com seus softwares e hardwares, projetam-se imagens e modelos de como atua a consciência humana.
Ken Wilber é um dos
importantes autores nesse campo. Ele escreveu o livro O espectro da consciência, no qual mostra que há diferentes
estágios de consciência e áreas cegas para alguns e que são evidentes para
outros, em função de suas capacidades de compreensão.
Ken Wilber é um dos
cientistas ocidentais que conhece e valoriza as concepções se Sri Aurobindo sobre
a consciência, admitindo que existem faixas do espectro da consciência abaixo e
acima daqueles percebidas nos estados de consciência normais de vigília.
Dependendo da faixa com a qual estamos sintonizados, captamos as ondas de um
canal de rádio ou de televisão. Se girarmos o dial e sintonizarmos em outra
faixa desse espectro, a realidade para nós se altera.
O espectro
eletromagnético. Abaixo do infravermelho e acima do ultravioleta as ondas não
são perceptíveis a olho nu e demanda-se o uso de instrumentos para percebe-las.
Ken Wilber escreveu a
introdução ao livro de A.S. Dalal sobre A
greater Psychology, que sintetiza as ideias de Sri Aurobindo sobre a
subjetividade e sobre a infra e a supraconsciência.[1]
A abordagem psicológica
iogue é baseada numa visão ampla e generosa do que é o ser humano, com seus
aspectos corporais, mentais, emocionais, espirituais. “Para cada conceito
psicológico em inglês há quatro em grego e quarenta em sânscrito. ” observa
A.K. Coomaraswamy[2]
apontando para a profundidade dos conceitos psicológicos e subjetivos na
civilização indiana.
O espectro integral da
consciência, com a infra e a ultraconsciência.
Ramos da psicologia ocidental admitem a existência do inconsciente individual ou coletivo ou do subconsciente, mas negam a existência da supraconsciência ou da ultraconsciência. Compreendendo o espectro integral da consciência na natureza, na vida, na cultura, Sri Aurobindo propôs o Yoga integral, que inclui os seguintes níveis: a matéria, o vegetativo, a sensação, a percepção, o vital-emocional, a mente inferior, a mente concreta, a mente lógica, a mente mais elevada, a mente do mundo, a mente intuitiva, satchitananda/supermente – divindade ou ente supremo.
[1] DALAL,
A. S. A Greater Psychology – An
introduction to the psychological thought of Sri Aurobindo. Pondicherry:
Sri Aurobindo Ashram Press, Índia, 2001.
[2]
Citado por RUSSELL, Peter. Acordando em
Tempo – encontrando a paz interior em tempos de mudança acelerada. São Paulo: WHH, Antakarana, 2006.
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