Nessa era industrial, o ser humano transforma em coisas e objetos de consumo os minerais, vegetais e animais. Produz a coisadiversidade. Convive com computadores, telefones celulares, satélites de telecomunicações, automóveis, aviões, redes elétricas, robôs e uma infinidade de outras coisas.
Durante o último século e especialmente em sua segunda metade do século XX houve uma grande aceleração da evolução científica e tecnológica e de seus produtos e efeitos colaterais.
A ecologia industrial é um campo da ecologia que busca prevenir a poluição, promover a reciclagem e a reutilização de resíduos, promover o uso eficiente dos recursos para a produção e estender a vida útil dos produtos industriais. Ela estuda os fluxos de matéria, energia e informação. Promove o uso de tecnologias limpas e de produção com qualidade e segurança. Lida com as transformações de matéria e energia em bens e produtos, estuda o ciclo de vida dos materiais, sua reciclagem e reaproveitamento. Procura reduzir ou eliminar os impactos e efeitos colaterais da poluição e contaminação do ar, da água e dos solos.
Vários artistas expressaram esse mundo industrial em suas obras, tais como Diego Rivera no México, Fernand Léger, os trabalhadores de Portinari no Brasil e as fotógrafas Margaret Bourke-White e Dorothea Lange nos Estados Unidos
Maria Helena Andrés vivenciou esse século de transformações. Na sua infância surgiu o cinema falado. Depois se inventaram a televisão, a bomba atômica, as viagens espaciais dos astronautas e os computadores. Ela desenhou, pintou e escreveu sobre essas mudanças em seu mundo e também se adaptou a elas.
Detalhe do Painel Energia em movimento, na sede da Cemig em Belo Horizonte, 1984.
Foguete espacial, acrílica e colagem s/tela, 1968.
Foto da matéria de José Roberto Teixeira Leite. Odisseia do espaço. O Globo, Rio de Janeiro, 03 jul. 1969.
Maria Helena fez muitos estudos preparatórios para um grande painel para o Aeroporto de Confins com radares, satélites, objetos voadores não identificados e aeronaves.
O grande painel em Confins, 1984.
Maria Helena se adaptou às tecnologias de comunicação mantendo durante 15 anos dois blogs onde publicou textos e imagens que compõem a sua autobiografia: a vida de artista, memórias e viagens, reflexões sobre arte.
Em sua fase construtivista, desenhou e pintou cidades iluminadas: Ela escreveu que “A pureza na arte concreta é imprescindível. Talvez seja ela a ponte que liga a arte à ciência, à matemática e à física, penetrando também no plano em que se encontram com o espiritualismo inato do ser humano.”
Cidade iluminada. Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1955.
Maria Helena pratica em seu cotidiano a simplicidade voluntária, a frugalidade e vive o conforto essencial, sem consumismo e com uma leve pegada ecológica. Adotou a prática de caminhar pela Terra com leveza e sem machucá-la, atitude valorizada pelos povos indígenas brasileiros, que ela muito admira, inclusive por sua arte construtivista e busca da essência.
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