segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Mapa do caminho para a transição energética justa - subsídio para a COP 31

 Contribuição para o Mapa do Caminho

Escreva um Mapa do Caminho para a civilização fazer a transição energética justa, descarbonizar a economia e afastar-se dos combustiveis fosseis, com ações de curto, médio e longo prazos e que possa ser aprovado consensualmente na COP 31 na Turquia em 2026, por paises produtores de petroleo, paises consumidores, paises que mais sofrem com as consequências da emergência climática, paises que se beneficiaram desde a revolução industrial com o uso de energias fósseis e paises que ainda dependem dela para impulsionar seu crescimento econômico.

DeepSeek: Aqui está uma proposta detalhada de Mapa do Caminho para uma Transição Energética Justa e Descarbonização da Economia Global, projetado para ser consensual e viável de ser aprovado na COP 31. A estrutura foi pensada para equilibrar as necessidades, responsabilidades e realidades econômicas de todos os blocos de países envolvidos.
Preâmbulo: Visão e Princípios Fundamentais
Visão: Alcançar uma economia global de carbono líquido zero até 2050, garantindo que nenhuma comunidade, trabalhador ou nação seja deixada para trás, e respeitando o princípio das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas e respectivas capacidades".
Princípios Chave:
Justiça Climática: Os que mais se beneficiaram do uso de combustíveis fósseis devem liderar e financiar a transição.
Equidade Energética: Reconhecer o direito ao desenvolvimento e o papel temporário do gás natural como combustível de transição para alguns países.
Solidariedade Global: Apoio financeiro e tecnológico robusto e previsível dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento e mais vulneráveis.
Transição Ordenada: Garantir segurança energética e estabilidade econômica durante a mudança, especialmente para os países produtores de petróleo.
Inovação Aberta: Cooperação global em P&D e compartilhamento de tecnologias verdes.
Mapa do Caminho: Ações por Prazo
A. CURTO PRAZO (2026 - 2030) - Aceleração e Construção de Fundamentos
O foco aqui é implantar rapidamente o que já é viável, estabelecer as estruturas financeiras e de governança, e criar impulso.
1. Energia e Descarbonização:
Triplicar a Capacidade de Energias Renováveis: Meta global vinculante de triplicar a capacidade instalada de eólica, solar e geotérmica até 2030, com base nos compromissos da COP28.
Acelerar a Eficiência Energética: Dobrar a taxa global de ganhos de eficiência energética em edifícios, indústria e transportes.
Metano Zero: Implementar e monitorar rigidamente o Compromisso Global sobre o Metano, com foco em vazamentos na infraestrutura de combustíveis fósseis.
2. Finanças e Investimento:
Operacionalizar o Fundo de Perdas e Danos: Tornar o fundo totalmente operacional, com fontes de financiamento inovadoras (ex.: taxas sobre emissões de aviação e transporte marítimo, impostos sobre lucros extraordinários de empresas de combustíveis fósseis).
Reestruturar a Dívida: Criar um mecanismo multilateral para troca de dívida por ação climática ("debt-for-climate-swaps") para países em desenvolvimento vulneráveis.
Compromisso de US$ 100 Bilhões Reafirmado e Ampliado: Garantir que a promessa anual seja consistentemente cumprida e servir de base para a definição da Nova Meta Coletiva Quantificada (NCQG) a partir de 2025, que deve ser significativamente maior.
3. Justiça e Transição:
Criação de Autoridades Nacionais de Transição Justa: Cada país se compromete a estabelecer um órgão com representação de governo, indústria e sociedade civil para planejar a requalificação de trabalhadores e a diversificação econômica de regiões dependentes de combustíveis fósseis.
Plano Global de Requalificação (Upskill): Lançar um programa da OIT/ONU para capacitar 5 milhões de trabalhadores da indústria de combustíveis fósseis em energias renováveis, eficiência energética e outras indústrias verdes até 2030.
4. Para Países Produtores de Petróleo:
Compromisso com a "Produção de Baixa Intensidade de Carbono": Adotar metas nacionais para reduzir a intensidade de carbono do barril de petróleo produzido.
Diversificação Econômica Acelerada: Comprometer-se a investir uma porcentagem mínima das receitas do petróleo em fundos soberanos para diversificação (hidrogênio verde, solar, turismo, tecnologia).
B. MÉDIO PRAZO (2031 - 2040) - Transição e Transformação Sistêmica
O foco é a mudança estrutural nos sistemas de energia, transporte e indústria.
1. Energia e Descarbonização:
Padrão de Eletricidade Limpa: Estabelecer uma meta global para que 80% da matriz elétrica mundial seja de fontes livres de carbono até 2040.
Acelerar o Hidrogênio Verde e os Combustíveis Sustentáveis: Criar um mercado global e cadeias de suprimento para hidrogênio verde, com padrões de comércio e certificação.
Captura de Carbono (CCU/S) com Restrições: Focar a CCU/S em setores de difícil descarbonização (cimento, aço), não como justificativa para a expansão contínua de combustíveis fósseis. Proibir a CCU/S para aumentar a produção de petróleo.
2. Finanças e Investimento:
Preço Global do Carbono com Mecanismo de Ajuste de Fronteira (CBAM): Implementar um sistema mínimo de preço de carbono para setores industriais, com receitas reinvestidas em transição justa. Ajustar o CBAM para incluir cláusulas de apoio a exportações de países menos desenvolvidos.
Descomissionamento de Infraestrutura de Combustíveis Fósseis: Criar um fundo multilateral, financiado por países desenvolvidos e grandes petrolíferas, para ajudar no descomissionamento seguro de plataformas e poços, especialmente em países produtores com menos recursos.
3. Justiça e Transição:
Indústrias Verdes Regionais: Estabelecer zonas industriais verdes em regiões anteriormente dependentes de combustíveis fósseis, com incentivos para atrair fabricantes de tecnologias limpas.
Transferência de Tecnologia: Criar um "Repositório de Tecnologia Verde da ONU" com patentes acessíveis a preços reduzidos para países em desenvolvimento.
4. Para Países Produtores de Petróleo:
Pico e Declínio Gerenciado da Produção: Países produtores se comprometem com um pico de produção até 2035 e um plano de declínio gerido a partir de então, alinhado com as metas de 1.5°C, com apoio financeiro internacional.
Transformação em Exportadores de Energia Limpa: Investir maciamente em parques solares/eólicos para exportação de energia (via linhas de transmissão) ou hidrogênio verde/amônia.
C. LONGO PRAZO (2041 - 2050) - Consolidação e Economia de Carbono Zero
O foco é completar a transição e garantir a resiliência.
1. Energia e Descarbonização:
Economia de Carbono Zero: Alcançar uma economia global de carbono líquido zero, com sistemas de energia, transporte e indústria totalmente descarbonizados.
Remoções de Carbono Naturais e Tecnológicas: Escalar massivamente soluções baseadas na natureza (reflorestamento) e tecnologias de emissões negativas para compensar setores residuais de difícil descarbonização.
2. Finanças e Investimento:
Sistema Financeiro Verde: Todo o sistema financeiro global está alinhado com as metas de zero líquido, com relatórios de risco climático obrigatórios.
3. Justiça e Transição:
Avaliação Global da Transição Justa: Realizar uma avaliação internacional para medir os impactos socioeconômicos da transição e garantir que os benefícios (ar limpo, empregos, energia acessível) sejam distribuídos de forma equitativa.
4. Para Países Produtores de Petróleo:
Economias Pós-Carbono: Concluir a transição para economias diversificadas e resilientes, não dependentes de receitas de hidrocarbonetos.
Mecanismo de Governança e Monitoramento para o Acordo da COP 31
Para garantir a confiança e a adesão de todos, o acordo deve incluir:
Comitê de Implementação Multilateral: Com representação igualitária de todos os blocos (países desenvolvidos, produtores, estados insulares, etc.) para monitorar o progresso.
Relatórios de Transição Justa Anuais: Cada país apresenta um relatório transparente sobre a criação de empregos verdes, requalificação e apoio a comunidades afetadas.
Revisões Quinquenais de Ambição: Revisar coletivamente as metas e os mecanismos de financiamento a cada 5 anos, com base na ciência mais recente.
Mecanismo de Resolução de Disputas: Um processo transparente e justo para abordar o não cumprimento, focado em apoio e correção, não em punição.
Conclusão
Este mapa do caminho não é uma vitória para um bloco sobre o outro, mas um pacto de sobrevivência e prosperidade compartilhada. Ele oferece:
Para países consumidores e históricos: Um caminho claro para cumprir suas obrigações morais e climáticas com previsibilidade.
Para países produtores de petróleo: Um "tapete vermelho" para uma saída honrosa e economicamente viável da era dos fósseis, com apoio concreto.
Para países vulneráveis: A garantia de financiamento para adaptação e reconstrução, e um futuro energético limpo e resiliente.
Para países em desenvolvimento: O espaço e o apoio para crescer de forma limpa, evitando os erros do passado.
Ao adotar esta estrutura abrangente e equilibrada, a COP 31 na Turquia pode passar para a história não como mais uma reunião de discussão, mas como o momento em que o mundo verdadeiramente se uniu para executar uma transição energética justa para todos.

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