Maurício Andrés Ribeiro
Serenidade é necessária para lidar com as tensões e os estresses que são cada vez mais intensos e frequentes. Neste período turbulento da história, ocorre uma pandemia, há falta de segurança biológica, há transformações climáticas e ambientais, disputas por água. Conflitos, violência e agressões tendem a se multiplicar.
Perturbações ambientais e sociais causam nervosismo, irritação, insegurança e tiram a tranquilidade.
A pandemia provocou um efeito colateral sobre a saúde mental e sobre o equilíbrio emocional. Causou transtornos mentais, com angústias, medos, depressões, inquietação, insônia, susto e pânico, ansiedade quanto ao futuro.
Para manter a calma há vários caminhos, cada um com seus benefícios e seus custos.
Um caminho usa drogas e remédios: calmantes, tranquilizantes, sedativos, comprimidos para dormir, que reduzem a velocidade da função cerebral, alteram pulsos e respiração, alteram a pressão sanguínea. Podem causar baixa concentração mental, confusão, fadiga, vertigem, febre, desorientação, dependência química. Já os fitoterápicos e chás relaxantes naturais apresentam menores efeitos colaterais negativos. O cigarro, que acalma os fumantes, traz os riscos do câncer de pulmão. Há outros tipos de drogas usadas para acalmar e relaxar. Quem as toma se expõe ao vício, à overdose, à fissura por abstinência. O tráfico de drogas ilegais traz custos para a sociedade com a violência e criminalidade.
Outro caminho para alcançar a paz e a serenidade é buscado nas orações e na fé. A confiança em Deus acalma a mente que se sente sob proteção. Ao entregar-se à vontade divina e deixá-la guiar seus passos se sente: Deus está comigo e nada me acontecerá de ruim.
Há também o caminho da contemplação da beleza da natureza, da arte, da dança e da música. Massagem, relaxamento e hidroterapias liberam tensões musculares, descansam o corpo e acalmam a mente e as emoções.
Durante a pandemia, aumentou a busca por meditação, o yoga, a respiração consciente, os exercícios corporais para acalmar a mente. Essas práticas trazem mais lucidez e clareza e reduzem os sentimentos de medo, angústia, ansiedade. Vários programas de meditação foram veiculados, como modos de manter o equilíbrio e espantar os fantasmas soltos pela pandemia: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Se meditar o bicho some.” Entre as iniciativas que buscam esse caminho destaca-se a campanha Escolha a Calma da organização Brahma Kumaris. Ela propõe atuar sobre as raízes da violência, ao mobilizar as energias internas existentes em cada um. A campanha fornece recursos para a aprendizagem que auxiliam no autoconhecimento. Ela promove o exercício de valores tais como a compreensão, a paciência, a confiança, o perdão, a compaixão, o respeito, a tolerância, a humildade. Ela ajuda as pessoas a aprenderem a lidar de modo sereno com suas emoções, pensamentos e posturas corporais. Ela fomenta atitudes que ajudam a pensar, falar e agir para alcançar um mundo mais pacífico. As ações são inspiradas em algo que eleva a consciência. Adotam-se formas práticas de dissolver os sentimentos negativos e ter atitudes de confiança diante das tensões ambientais, sociais e políticas do mundo exterior.
Acalmar-se de preocupações e buscar uma atitude de paz consigo mesmo, com os outros e com a natureza é um modo de contribuir para que o mundo se torne mais harmônico e não violento.
Para acalmar a mente e as emoções é sinal de sabedoria escolher o caminho que traz mais benefícios com os menores custos para a saúde, para a sociedade, para a economia e para a natureza.
Muita calma nesta hora!
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