Maria Helena Andrés nasceu em 1922, na época do cinema mudo.
O cinema falado surgiu em 1927, durante a sua infância. Com os irmãos e primos brincava de fazer cinema, em teatros de sombra improvisados.
Quando a irmã do Colégio Sacré Coeur de Marie, onde estudava, chamou seus pais ao colégio e disse que ela precisava se aprimorar, pois era uma artista, suas colegas perguntaram: artista de cinema? Não! Artista visual, artista plástica, foi a resposta.
Artes plásticas e cinema são uma dupla constante na sua vida e na obra.
O cinema a acompanhou desde o início e durante sua obra.
Na adolescência começou a desenhar. Seus primeiros trabalhos artísticos foram o desenho de artistas de cinema, seus mitos de adolescência, a partir de fotografias de Ginger Rogers, Fred Astaire, Greta Garbo, Marlene Dietrich e vários outros artistas de cinema.
Nos anos de 1970 ela construiu uma casa no condomínio do Retiro das Pedras, num local onde originalmente havia sido planejado instalar um estúdio de cinema, devido à paisagem cinematográfica e ao céu e atmosfera muito límpidos.
Os fotogramas, retratos de um instante no cinema, estao presentes em várias de suas obras.
Sobre o painel de azulejos da Basilica da Serra da Piedade, em Caeté ela escreveu que “A figura de São José é representada em pé, como guardião do sacrário. Procurei representar São José como aquele que foi designado para cuidar de Jesus e de Maria, segurando com a mão direita um bastão. Na parte de baixo, como num filme, procurei sugerir passagens da Bíblia!
Detalhe do painel na Basilica da Serra da Piedade
Os fotogramas estão presentes nos cinco milagres desenhados para o painel de azulejos realizado em 2023 para a igreja de Nossa Senhora Aparecida em Diamantina. Ali foi gravado um filme em que ela é a protagonista: artista plástica e artista de cinema.
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