Maurício Andrés Ribeiro
Nos últimos tempos há vários sinais de
que os capitalistas, investidores e acionistas
estão passando por uma transformação de consciência. Os novos ecologistas
estão chegando e sua origem é o setor econômico e financeiro das sociedades. Os
capitalistas estão percebendo que devastação ambiental lhes dá prejuízos
econômicos.
Alguns capitalistas estão se ecologizando. Está caindo a ficha que sem
isso eles terão prejuízos econômicos a médio e longo prazos. O auto interesse
egoísta e míope aos poucos cede lugar a
um auto interesse mais esclarecido e que enxerga um pouco mais longe. A ego
ação cede lugar à eco-ação. Ainda está longe uma visão altruísta e de prestar
um serviço desinteressado à humanidade (seva ação) mas iniciativas como essa
podem ser passos iniciais nessa direção.
Fundos
de investimento internacional pressionam governos para
proteger florestas, sob pena de não
mais investirem. Eles usam como arma o capital de que dispõem e que é
muito cobiçado para investimentos. São seguidos por empresários locais com pressões similares. A
pandemia acelerou mudanças na percepção e na consciência de empresários e
capitalistas.
O capitalista míope enxerga o dinheiro antes de todo o resto. |
Os neoecologistas articulam economia e ecologia. Os capitalistas não egoístas, investidores, acionistas, conselhos de administração, diretores das
empresas, corporações e companhias percebem que terão prejuízos se não
considerarem os demais stakeholders ou partes interessadas.
Tomara que assumam cada vez mais suas
responsabilidades e que outros se alinhem com essas atitudes.
Tomara que essa atitude contagie
muitos outros milionários e bilionários no Brasil e no mundo para que, num
surto de generosidade e de solidariedade, ajudem a humanidade nessa pandemia e
nas outras crises que virão.
Tomara que os capitalistas não egoístas se
multipliquem e ofereçam sua cota de participação para o bem comum e não apenas
para os seus próprios bolsos e contas bancárias. Enquanto os governos não
atenderem às justas reivindicações de parte dos detentores das grandes fortunas de serem
mais e mais taxados,
o excesso de dinheiro que lhes pesa nos bolsos poderia ser doado para boas
causas sociais, culturais e ecológicas.
A pandemia acelera a ecologização da economia, e das práticas bancárias. Talvez
isso leve à ecologização dos capitalistas, no seu próprio auto interesse.
Uma reinicialização necessária com a mudança de consciência de capitalistas. |
A
realidade é dinâmica, mutável e as conjunturas
das atualidades são passageiras. O egoísmo pode ser superado. A solidariedade pode prevalecer. O futuro está aberto e há nele um grande
potencial: ecologizar os capitalistas é um deles.
Um comentário:
GRILAGEM EM SÃO PAULO, CNJ, faça a diferença.
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