quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

A grande aceleração foi acelerada pela pandemia

 

A grande aceleração. Painel no museu do amanhã, Rio de Janeiro.


Maurício Andrés Ribeiro

A pandemia acelerou várias tendências nos sistemas socioeconômicos e nos sistemas da terra. Um movimento consciente de desaceleração e de valorização da lentidão contrabalança aquele outro, e leva à reflexão, à contemplação, à atenção ao presente: slow food, slow is beautiful.

O ser humano tornou-se cogestor da evolução, cujo rumo e direção são influenciados pelas atitudes individuais e coletivas.A grande velocidade em que o mundo humano já se movia – time is money, fast food - foi ainda mais acelerada.  

A pandemia acelerou:

 a História

a digitalização da sociedade

mudanças na mobilidade urbana

o êxodo da cidade para o campo

mudanças na economia

mudanças nos negócios

a despoluição do ar

mudanças na relação com os animais

mudanças nos hábitos alimentares

o uso múltiplo da casa

outros  modos de se fazer cultura

a tele cultura

o teletrabalho

a teleducação

o tele turismo

o despertar da solidariedade

a explicitação de egoísmos

A unidade humana

mudanças  de consciência

a introspecção  civilizatória

o autoconhecimento

outras visões sobre a segurança

a colaboração científica

a busca por remédio ou vacina

os hábitos de higiene corporal

as mortes pelo vírus

perdas de liberdade e privacidade

a desigualdade social 

Por outro lado, a pandemia desacelerou: 

o ritmo de atividades humanas

o turismo

a circulação de pessoas

o uso de transportes coletivos

 

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