sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A pandemia mostrou quais são as atividades essenciais

 Maurício Andrés Ribeiro

Os recicladores de resíduos  prestam   um serviço essencial à sociedade e ao ambiente.


Nesta pandemia houve serviços essenciais que não pararam.

Os profissionais da saúde – médicos, enfermeiras, auxiliares, laboratoristas, atendentes de hospitais e postos de saúde – prestaram um serviço abnegado ao salvarem vidas, sacrificando suas convivências familiares. Vários deles se colocaram em risco e perderam a vida nessa missão.

A pandemia evidenciou a importância dos cientistas para lhe dar respostas. Especialistas em imunologia, virologia, infectologia, pneumologia, epidemiologia, genética, colocaram seu conhecimento a serviço do ritmo de abertura  e isolamento nas quarentenas. Cientistas e pesquisadores em todo o mundo tentaram encontrar uma vacina como resposta à doença.

Caminhoneiros transportaram alimentos e outras cargas para abastecer as cidades.  Motoristas de ônibus, taxistas e motoboys transportaram pessoas  e entregaram encomendas. Trabalhadores em postos de combustíveis abasteceram os veículos. Trabalhadores em farmácias e em supermercados mantiveram em funcionamento esse comércio essencial. Lixeiros cuidaram da limpeza urbana. Comunicadores e jornalistas trabalharam para manter a sociedade bem informada sobre a evolução da doença. Servidores dos  serviços de água e energia operaram essa infraestrutura.

Multiplicou-se a demanda de serviços digitais do teletrabalho, a teleducação, a tele cultura, que os trabalhadores das tecnologias da informação precisaram atender. Professores deram aulas on line  para estudantes em suas casas. Mestres de música, de ginástica e yoga colaboraram para a saúde física e mental de seus alunos.  Produtores culturais abasteceram os espaços e tempos virtuais com bons, belos e verazes programas,  webinars, aulas, debates, mostras e exposições.

Artistas colocaram sua criatividade a serviço da população em lives e apresentações digitais, colaborando para reduzir o estresse mental e emocional das pessoas. Eles aprenderam  novos modos de se comunicar com o público nas redes.

Líderes comunitários e empresários doaram tempo e recursos voluntariamente, em manifestações de autoajuda e solidariedade.

A pandemia evidenciou que há atores que desempenham papéis vitais e essenciais na sociedade e que merecem ser valorizados e ter o justo reconhecimento.

Muitos deles - médicos, enfermeiros, entregadores e outros profissionais essenciais sofreram com falta de  recursos. Como remunerá-los com maior justiça? Quanto aos artistas, devem ser sustentados com mecenato do estado ou de empresas familiares, contatos e redes de conhecidos, crowdfunding?

Outras atividades se mostraram obsoletas, desnecessárias. Geram despesas vultosas em ações supérfluas ou que beneficiam apenas pequenos grupos ou corporações.  Os recursos que consomem  poderiam ser redirecionados para aqueles atores que desempenham papéis essenciais e prioritários  para o bem estar social e ambiental. A sociedade faria bem em tirar dos supérfluos para dar aos essenciais.

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