Maurício Andrés Ribeiro
Os recicladores de resíduos prestam um serviço essencial à sociedade e ao ambiente.Nesta pandemia houve serviços essenciais que não pararam.
Os profissionais da saúde – médicos, enfermeiras, auxiliares, laboratoristas, atendentes de hospitais e postos de saúde – prestaram um serviço abnegado ao salvarem vidas, sacrificando suas convivências familiares. Vários deles se colocaram em risco e perderam a vida nessa missão.
A
pandemia evidenciou a importância dos cientistas para lhe dar respostas.
Especialistas em imunologia, virologia, infectologia, pneumologia,
epidemiologia, genética, colocaram seu conhecimento a serviço do ritmo de
abertura e isolamento nas quarentenas.
Cientistas e pesquisadores em todo o mundo tentaram encontrar uma vacina como resposta
à doença.
Caminhoneiros transportaram alimentos e
outras cargas para abastecer as cidades.
Motoristas de ônibus, taxistas e motoboys transportaram pessoas e entregaram encomendas. Trabalhadores em
postos de combustíveis abasteceram os veículos. Trabalhadores em farmácias e em
supermercados mantiveram em funcionamento esse comércio essencial. Lixeiros
cuidaram da limpeza urbana. Comunicadores e jornalistas trabalharam para manter
a sociedade bem informada sobre a evolução da doença. Servidores dos serviços de água e energia operaram essa infraestrutura.
Multiplicou-se a demanda de serviços digitais do
teletrabalho, a teleducação, a tele cultura, que os trabalhadores das
tecnologias da informação precisaram atender. Professores deram aulas on line para estudantes em suas casas. Mestres de
música, de ginástica e yoga colaboraram para a saúde física e mental de seus
alunos. Produtores culturais abasteceram
os espaços e tempos virtuais com bons, belos e verazes programas, webinars, aulas, debates, mostras e
exposições.
Artistas colocaram sua criatividade a
serviço da população em lives e apresentações digitais, colaborando para
reduzir o estresse mental e emocional das pessoas. Eles aprenderam novos modos de se comunicar com o público nas
redes.
Líderes comunitários e empresários doaram
tempo e recursos voluntariamente, em manifestações de autoajuda e
solidariedade.
A pandemia evidenciou que há atores que desempenham
papéis vitais e essenciais na sociedade e que merecem ser valorizados e ter
o justo reconhecimento.
Muitos deles - médicos,
enfermeiros, entregadores e outros profissionais essenciais sofreram com falta
de recursos. Como
remunerá-los com maior justiça? Quanto aos artistas, devem ser sustentados com mecenato
do estado ou de empresas familiares, contatos e redes de conhecidos,
crowdfunding?
Outras atividades se mostraram obsoletas, desnecessárias. Geram despesas vultosas em ações supérfluas ou que beneficiam apenas pequenos grupos ou corporações. Os recursos que consomem poderiam ser redirecionados para aqueles atores que desempenham papéis essenciais e prioritários para o bem estar social e ambiental. A sociedade faria bem em tirar dos supérfluos para dar aos essenciais.
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