“Era uma vez três porquinhos que viviam com a sua mãe.
Um dia ela lhes disse:
– Filhos, vocês têm que construir as suas casas.
O porquinho pequeno era trabalhador, o do meio
era trapalhão e o maior era preguiçoso.
O preguiçoso fez a casa de palha para ser rápido.
O do meio fez a casa de madeira. O mais novo
fez a sua com cimento e tijolos. Um dia, o lobo
mau derrubou com um sopro a casa do mais velho
e com outro sopro a casa do porquinho do meio.
Amedrontados, eles correram para a casa do irmão
mais novo. O lobo soprava e soprava, mas a casa
era forte e ele não conseguiu derrubá-la.
Os porquinhos ficaram felizes e fizeram uma festa.”
O lobo mau das crises climáticas exige reforços na construção e edificação de obras de infraestrutura, para que elas resistam aos sopros fortes dos eventos críticos relacionados com a escassez ou o excesso de água.
Estruturas mais fortes resistem à força do sopro do lobo mau das emergências climáticas.
Nos anos recentes, a crise hídrica chegou às áreas mais urbanizadas, densamente povoadas e industrializadas do país e acendeu-se uma luz de alerta sobre o tema.
No mundo contemporâneo a água se tornou um tema vital que afeta a segurança, a saúde, a economia, a moradia, o dia a dia das pessoas.
Os eventos críticos colocam em destaque o tema da segurança hídrica, que envolve a garantia do abastecimento e a redução da exposição a riscos oriundos desses eventos. No contexto da emergência climática aumenta a imprevisibilidade. As séries históricas de dados de chuva e vazão tornam-se referências menos úteis e aumentam os riscos de conflitos entre os vários usuários (por exemplo, entre hidrovias x geração de energia; geração de energia x agricultura; agricultura x abastecimento humano). Tais conflitos tendem a crescer à medida que a população aumenta e a demanda por água também se expande.
Cada setor de atividade precisará se adaptar: assim, as estruturas construídas em regiões costeiras evitarão áreas de alto risco; os lugares costeiros propensos a danos por tempestades podem ser usados para recreação ou conservação e serem mantidos sem edificações.
Os eventos críticos, secas e inundações cada vez mais intensos e frequentes, demandam maior capacidade de planejamento e de gestão, de conhecimento técnico e científico, de redes de monitoramento de chuvas e de vazões dos rios, bem como sistemas de gestão que abram a participação aos segmentos e atores interessados.
Por meio de trabalho coordenado e planejado é possível reduzir os danos causados por esses problemas. Algumas formas de prevenir as consequências críticas dos desastres são a previsão do tempo detalhada localmente; ações da Defesa Civil, com alertas e medidas mitigadoras; comunicação à população para entender as mensagens de alerta e nelas confiar, agindo de forma a reduzir danos; elaboração de planos anuais de prevenção de desastres; bem como a ação participativa e com alto conteúdo técnico na operação de reservatórios. A coordenação é essencial em momentos de crises e na sua prevenção.
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